Durante muitos meses, os franceses e os sindicatos organizaram manifestações sucessivas, na esperança de conseguir que o Governo cedesse na reforma das pensões. A utilização do 49.3 pelo governo apenas serviu para inflamar as tensões e, embora as manifestações tenham cessado este verão, a raiva não diminuiu face ao aumento do custo de vida. Assim, na próxima sexta-feira, 13 de outubro de 2023, o grupo intersindical apela a que as pessoas regressem às ruas para um dia de greves e manifestações interprofissionais.
No dia 1 de maio, a participação foi enorme, com a CGT a contabilizar 2,3 milhões de manifestantes, apesar do fracasso das manifestações contra o projeto de lei. Desta vez, as principais reivindicações são o aumento dos salários e do indexante na função pública, bem como o aumento das pensões de reforma. Com o preço da eletricidade, dos combustíveis e dos alimentos a aumentar, as rendas a subir e os hospitais sob pressão, muitos franceses debatem-se com dificuldades para fazer face às despesas.
Esta última greve é suscetível de ter um impacto nos transportes públicos, particularmente na SNCF e na RATP, que anunciarão a escala da mobilização nos dias que antecedem a manifestação. Os sindicatos maioritários dos estabelecimentos de ensino também transmitiram o apelo, tal como os dos sectores da aviação e da saúde. Todos os sindicatos que representam os médicos independentes, tanto os clínicos gerais como os especialistas, apelam a uma"greve ilimitada" a começar na sexta-feira, dia 13, em .
Será que os franceses vão atender a este apelo? Descubra nos próximos dias.
