Molière l'opéra urbain, o extraordinário musical que regressará à Cúpula de Paris em 2025

Atenção, admiradores do grande Molière. A história do dramaturgo (e ator), membro da Comédie-Française, foi adaptada a um novo tipo de espetáculo musical. Molière transforma-se numa sublime ópera urbana, que volta a ser representada no Dôme de Paris de 18 a 28 de fevereiro de 2025.

Mais de 400 anos após o nascimento de Molière, está a ser criado um musical baseado na vida do autor. O espetáculo, da autoria de Dove Attia, regressa ao Dôme de Paris (antigo Palaisdes Sports) de 18 a 28 de fevereiro de 2025, após uma digressão por França.

E depois de óperas rock como Starmania (atualmente em cena no La Seine Musicale), La Légende de Jimmy e, mais recentemente, Mozart l'opéra rock e Le Rouge et le Noir, há um novo género na cena do teatro musical:a ópera urbana. O musical Molière é uma ópera urbana. Por outras palavras, um musical com rap e música urbana.

No palco, há cantores, slammers, dançarinos, rappers, actores e músicos. A história de Molière começa em 1642, quando Jean-Baptiste Poquelin tinha apenas 20 anos e grandes sonhos teatrais.

O projeto é apoiado pela editora musical Play Two. O elenco, dirigido por Bruno Berberes, já responsável por Os Dez Mandamentos, O Rei Sol e 1789: Os Amantes da Bastilha, entre outros musicais de sucesso, começa a revelar-se. O Príncipe de Conti é interpretado por Abi Bernadoth, vencedor da 9ª temporada do The Voice em 2020. Quanto a Madeleine Béjart, é interpretada por Morgan.

Um primeiro single, Regardez-moi, foi revelado:

A nossa crítica de Molière, l'Opéra Urbain:

Paris acolhe uma nova joia, um espetáculo surpreendente: Molière, l'Opéra Urbain. Esta produção, que estará em cena até 18 de fevereiro de 2024 no Dôme de Paris e depois em digressão, é uma verdadeira pepita no mundo dos musicais.

Com 52 canções originais (de acordo com o compositor Dove Attia) que misturam habilmente diferentes géneros musicais, o espetáculo é um verdadeiro fresco de som e visão, cheio de energia. A audácia desta mistura, que pode ser desconcertante à primeira vista, acaba por ser um ponto forte. A intensidade do espetáculo sobe em crescendo, atingindo o auge num segundo ato absolutamente arrebatador.

A cenografia, os cenários, a coreografia e os figurinos são extraordinariamente refinados. Cada elemento foi concebido com a precisão de um ourives, criando um universo visual tão rico quanto variado, que acompanha e reforça a história.

Em palco, Abi Bernadoth, Lou e Shaïna Pronzola brilham intensamente. A sua presença magnética cativa e comove, seja nos coros ou nos solos. Encarnam com rara intensidade os diferentes aspectos do génio de Molière, dando vida às suas contradições, paixões e inspirações.

O espetáculo oferece uma releitura da vida de Jean-Baptiste Poquelin, misturando habilmente história e modernidade. Note-se, no entanto, que este modernismo pode confundir os fãs dos grandes clássicos da Comédie Française, uma vez que este espetáculo é claramente destinado às famílias. O público é transportado no tempo, descobrindo ou redescobrindo o génio deste dramaturgo sob uma nova luz. Um presente perfeito se quiser encantar uma criança e dar-lhe a conhecer o autor que mudou a história da comédia.

O humor não fica atrás, com um Duc d'Orléans completamente fora de série, que dá um toque de leveza bem-vindo. Esta personagem, simultaneamente cómica e cativante, proporciona momentos de puro entretenimento.

Molière, l'Opéra Urbain é mais do que um espetáculo, é uma obra de arte completa que ficará, sem dúvida, na história do teatro musical ao lado de gigantes como Starmania e Notre Dame de Paris. É um espetáculo a não perder e um favorito certo para qualquer fã de musicais.

Molière, l'Opéra Urbain é um sucesso deslumbrante, um turbilhão de criatividade e paixão. Seria uma pena perder esta joia artística. Vá, deixe-se transportar por esta celebração da arte, da história e da música.