Joann Sfar. La vie dessinée" no Museu de Arte e História do Judaísmo

Nascido em Nice em 1971, Joann Sfar encontra no desenho, mais do que um refúgio, uma forma de viver e de ver o mundo, uma verdadeira "vida desenhada". Trabalhador incansável, Joann Sfar explora os temas do desenho como "ciência humana", a infância, a amizade, a alegria e a morte, o corpo e a sexualidade, reflectindo constantemente sobre as suas próprias práticas através dos seus cadernos pessoais.

A exposição mahJ aborda a juventude do artista em Nice (recentemente reconstituída em La Synagogue), a sua chegada a Paris e a sua formação na École des Beaux-Arts, bem como os encontros com os seus parceiros de atelier: David B., Christophe Blain, Émile Bravo, Emmanuel Guibert, Mathieu Sapin, Marjane Satrapi, Riad Sattouf, Lewis Trondheim...

Descobrimos os seus mestres literários (Romain Gary, Joseph Kessel, Pierre Dubois...) e as diferentes facetas da sua obra: fantasia, magia e monstros (Petrus Barbygère, Professor Bell, Grande Vampiro), drama (Klezmer, Chagall) e música (Serge Gainsbourg, Georges Brassens...).

Joann Sfar no centro de uma exposição no Musée d'art et d'histoire du Judaïsme : Fotos e comentários
Pela primeira vez, Joann Sfar, autor, caricaturista e cineasta, é objeto de uma exposição completa que retoma a sua obra. Junte-se a nós no dia 12 de outubro para descobrir "La vie dessinée" no Musée d'art et d'histoire du Judaïsme. [Leia mais]

A exposição também se centra nos livros infantis (com uma sala divertida para os jovens visitantes com Petit Vampire e Le Petit Prince), e analisa o processo criativo do artista, bem como as suas inspirações (ferramentas, papéis, artistas admirados), a sua visão da vida quotidiana (colaborações no Paris Match) e o seu trabalho em curso.

Através das obras mais emblemáticas de Joann Sfar, a exposição sublinha a coerência da sua obra: dos inúmeros cadernos pessoais aos cadernos de Klezmer, das histórias de infância aos esboços eróticos sobre o pintor Pascin. Com O Gato do Rabino no centro, a exposição é sobre um artista que colocou uma voz judaica - mais cultural do que religiosa - no centro de todas as suas histórias, recorrendo à história do judaísmo para muitas das suas fontes de inspiração e alertando os seus leitores para o aumento do antissemitismo.