Embora o cemitério Père Lachaise seja atualmente conhecido em todo o mundo, nem sempre foi um local popular para muitos parisienses serem enterrados. De facto, o seu início foi bastante difícil.
Em 1 de dezembro de 1780, o Cimetière des Innocents, atualmente conhecido como Les Halles, foi encerrado. Esta decisão foi tomada na sequência da aplicação de uma lei de 1765, que proibia os cemitérios no interior das cidades por razões de insalubridade. Os cadáveres do cemitério dos Inocentes foram transferidos para as catacumbas de Paris.
O problema é que, após o encerramento do cemitério dos Inocentes, faltam locais de enterro na capital. Assim, foram criados vários cemitérios no início do século XIX: o cemitério de Montparnasse, o cemitério de Montmartre, o cemitério de Passy e, finalmente, o cemitério de Père Lachaise.
Este último foi projetado peloarquiteto Alexandre-Théodore Brongniart (sim, como o Palais Brongniart), que imaginou o local como um jardim inglês. 
Em 18 de junho de 1804, o cemitério do Père Lachaise acolhe a sua primeira habitante, uma menina de 5 anos à data da sua morte:Adélaïde Paillard. A ela juntou-se logo a Reine Févez. No entanto, a maioria dos parisienses da margem direita, a quem o cemitério se destinava, recusava ser enterrada fora dos muros da capital, e ainda mais numa zona considerada pobre e operária.
No seu primeiro ano de funcionamento, o cemitério albergava apenas 13 sepulturas, passando para 44 em 1805. Dois anos mais tarde, havia apenas mais 5 sepulturas, muito longe da gigantesca necrópole que conhecemos atualmente!
Como é que o cemitério Père Lachaise se tornou o local de culto que é hoje? Graças a uma boa campanha de comunicação! Para tornar o cemitério mais atrativo para os parisienses, o prefeito de Paris tomou uma decisão que mudou completamente o jogo: transferir os restos mortais de personalidades famosas e admiradas para o Père Lachaise.
Foi assim que os presumíveis corpos do célebre escritor Molière e do célebre fabulista Jean de La Fontaine foram parar lado a lado a este cemitério. Os restos mortais deHéloïse e Abélard, um casal famoso com uma história tumultuosa, também foram transferidos para lá.
Um desafio bem sucedido! Em 1815, o cemitério albergava apenas 2.000 sepulturas, mas em 1830 já tinha aumentado para 33.000! O Père Lachaise depressa se transformou no gigantesco cemitério com as 70 000 sepulturas que conhecemos atualmente, incluindo as deOscar Wilde, Proust, Balzac, Delacroix, Chopin, Edith Piaf e, mais recentemente, Alain Bashung.
Horários de abertura:
De novembro a meados de março:
Das 8h00 às 17h30 de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30 aos sábados e das 9h00 às 17h30 aos domingos e feriados.
De meados de março a outubro:
Das 8h00 às 18h00 de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h00 aos sábados e das 9h00 às 18h00 aos domingos e feriados.
Entrada:
Entrada gratuita
Acesso:
Metro Philippe Auguste (linha 2)
Metro Gambetta (linhas 3, 3bis)
Autocarros 26, 60, 61, 69, 102
Localização
Cemitério Père Lachaise
Boulevard de Ménilmontant
75020 Paris 20
Informação sobre acessibilidade
Site oficial
pere-lachaise.com
