Porque é que Paris é a cidade do amor? As origens da reputação romântica da capital

Por Rizhlaine de Sortiraparis · Fotos de My de Sortiraparis · Publicado em 10 de janeiro de 2024 às 10h27
Cidade romântica por excelência, Paris tem tudo para mergulhar os apaixonados numa atmosfera digna de um belo filme. Mas de onde vem a sua reputação de capital do amor?

Em Paris, o amor está sempre no ar. Não é raro ver os namorados abraçarem-se nas margens dos cais, noivos e noivas imortalizarem a sua união junto à Torre Eiffel e outras cenas românticas do quotidiano parisiense. É preciso dizer que a capital tem uma reputação tenaz neste domínio: a de ser a cidade do amor. Mas porque é que Paris é considerada uma cidade romântica?

Algumas das respostas podem ser encontradas nas artes. Paris era um íman para os artistas e foi um dos grandes centros do estilo romântico, uma corrente vibrante de emoções em que se pode mergulhar visitando o Musée de la Vie Romantique. Na ficção como na realidade, a Cidade Luz também inspirou romances.

Heloísa e Abelardo, o Romeu e Julieta parisienses, Lucile e Camille Desmoulins, Camille Claudel e Auguste Rodin ou Jean Marais e Jean Cocteau, a história da capital entrelaça-se com a de casais míticos que marcaram a sua época. Na literatura, Paris foi também o cenário de histórias de amor que se tornaram lendárias. São exemplos a Notre-Dame de Paris de Victor Hugo, que conseguiu salvar a célebre catedral, e o Fantasma da Ópera de Gaston Leroux, que é hoje inseparável do Palais Garnier.

Quanto à sétima arte, o cinema também fez brilhar a capital. Com Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain, Minuit à Paris, À Bout de Souffle e inúmeras comédias românticas em que Paris é evocada como um sonho para os amantes, a Cidade Luz dificilmente poderia escapar a esta terna reputação.

Também não devemos esquecer que os parisienses e os turistas que nos visitam fizeram de Paris a capital do amor. Houve uma época em que o Jardim das Tulherias era o local ideal para a libertinagem, enquanto na Pont des Arts era costume pendurar um cadeado com as iniciais para simbolizar a força do casal, uma tradição que chegou ao fim quando a ponte ameaçou ruir sob o peso destes sinais de amor. E não esqueçamos o ambiente romântico e pitoresco de Montmartre, onde se encontra o Mur des Je t' aime e o Passe-Muraille, uma escultura que homenageia Marcel Aymé e o seu conto homónimo em que o amor volta a estar em destaque. Como vê, em Paris, o romance pode ser encontrado em quase todas as esquinas!

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Etiquetas : anecdotes paris
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