Joël Pommerat: a sua peça Amour 2 no Théâtre du Rond-Point - a nossa crítica

Joël Pommerat, figura incontornável do teatro contemporâneo, regressa com a sua mais recente criação teatral, Amour 2, um espetáculo que tem lugar no Théâtre du Rond-Point de 4 a 13 de fevereiro de 2025. Esta nova obra é a continuação do seu trabalho, conhecido pela sua profundidade e exploração das relações humanas. Com um olhar ao mesmo tempo poético e realista, ele mergulha nas múltiplas facetasdos laços afectivos.

L'Amour 2 reúne dez fragmentos de três das principais obras de Joël Pommerat: A Reunificação das Duas Coreias, Esta Criança e Cercles/Fictions. Explora temas universais como o amor filial, as paixões ardentes, os casais em busca de filhos e as amizades postas à prova. Numa produção reduzida, cinco intérpretes encarnam estes momentos de humanidade no esplêndido Théâtre du Rond-Point. A sequência de quadros, com os seus tons realistas e fantásticos, deve desempenhar um papel importante na sua obra, como acontece na maioria das suas criações.

Joël Pommerat é um importante dramaturgo e encenador francês de teatro contemporâneo. Fundou a companhia Louis Brouillard em 1990 e é conhecido pela sua capacidade de combinar a escrita poética com uma direção de cena simples. É conhecido pela sua exploração das relações humanas e das questões sociais, muitas vezes através de narrativas fragmentadas e de personagens profundamente humanas. As suas principais peças incluem La Réunification des deux Corées, Cet enfant e Cendrillon. Regressa hoje com Amour 2 no Théâtre du Rond-Point .

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A nossa opinião:

Como não gostar de Amour 2 quando se adorou Cet Enfant e La Réunification des deux Corées? Num auditório em forma de quadrado, o texto de Joël Pommerat ressoa e deixa-nos sem fôlego durante 1 hora e 20 minutos. Apesar de a encenação consistir literalmente em duas cadeiras e um telefone, Joël Pommerat consegue sempre surpreender o público.

Os seus textos crus, que exploram as relações humanas da forma mais realista possível, transportam-nos para outra dimensão. Quer já tenha visto os seus excertos ou não, o texto é renovado, interpretado de forma brilhante por cinco actores. A disposição em quadrado é uma mudança em relação aos teatros tradicionais e torna a peça muito mais íntima: tornamo-nos parte da história das personagens à medida que ela se desenrola diante dos nossos olhos.

Joël Pommerat volta a enfrentar o desafio do teatro puro com um efeito maravilhoso e termina aqui a sua obra com a Maison Centrale d'Arles com brio.

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