Na calma do cemitério de Montmartre, uma campa recebe todos os dias de sol uma visita pouco habitual: um arco-íris. O arco-íris decora a campa muito original de duas personalidades conhecidas, Michel Berger e France Gall, e da sua filha Pauline. Mas como é que um arco-íris se pode formar ali? Porque não se trata de um túmulo como os outros, mas sim de uma casa de vidro, que eles escolheram como local de descanso final.
O mundo descobriu este mausoléu em 2012, aquando do vigésimo aniversário da morte de Michel Berger. France Gall, fiel ao seu gosto por uma estética sensível, mandou erguer uma estrutura de vidro à volta da placa, no interior da qual está pendurada uma cerejeira japonesa, como uma árvore da vida, por cima das campas.
Poética e delicada, esta instalação permite que a luz se infiltre através dos painéis de vidro e incendeie o túmulo com reflexos coloridos, com arco-íris iridescentes por todo o lado, dependendo do tempo, dançando sobre o material e sobre os seus nomes, que podem ser vistos ao aproximar-se um pouco mais ou ao caminhar à volta do mausoléu. Com sol forte, todo o túmulo se transforma num arco-íris!
France Gall juntou-se agora a eles em 2018, reunindo a família para um novo espetáculo todos os dias, um interlúdio luminoso para os visitantes que vêm prestar a sua homenagem, um aceno para a beleza efémera da vida que estes artistas tanto apreciavam.
Anedotas insólitas sobre túmulos e cemitérios parisienses
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Localização
Cemitério de Montmartre
20, avenue Rachel
75018 Paris 18
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