Antes de se tornar essa metrópole global dividida em 20 bairros, Paris era uma cidade muito menor, cercada por suas antigas muralhas. De um dia para o outro, Paris duplicou de tamanho e precisou reorganizar sua administração. Não se tratava mais apenas de cuidar do centro histórico, mas de criar uma estrutura capaz de acolher essas novas populações.
Da vontade de unir o centro histórico às suas novas áreas suburbanas nasceu a numeração mais famosa do mundo: o caracol. Este trajeto em espiral não é apenas uma escolha estética; é o símbolo de uma cidade que decidiu crescer enrolando-se ao redor de seu coração, o Louvre, para manter sua unidade.
Até meados do século XIX, Paris tinha apenas 12 distritos, numerados de forma simples de esquerda para direita. Mas em 1860, sob a liderança de Napoleão III e do Barão Haussmann, a cidade incluso as áreas vizinhas como Montmartre, Belleville ou Vaugirard para expandir o território. Assim, foi necessário criar 20 novos distritos.
Para distribuí-las, idealizamos uma forma de espiral que começa no coração da cidade (o 1º arrondissement, no Louvre) e gira no sentido horário até chegar totalmente ao leste, no 20º (Ménilmontant).
Por que não manter uma numeração sequencial de esquerda para direita? A história conta que os habitantes de Passy (atualmente no 16º distrito) se recusaram a ser incorporados ao 13º distrito. Na época, uma expressão popular dizia "casar na prefeitura do 13º", o que na verdade significava viver em união de fato, pois o 13º ainda não existia oficialmente).
Para não ofender a proeminente população do oeste de Paris, optaram por adotar um sistema em espiral que enviou o número 13 para os bairros mais populares do sudeste!
A concha é o verdadeiro GPS dos parisienses. Quanto menor o número (1, 2, 3...), mais você está no coração histórico e mais denso da cidade. À medida que aumenta, você se aproxima do periférico e dos antigos village que uma vez cercaram a capital.
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