O Château de Malmaison e o Bois-Préau inauguram a exposição Da Córsega a Napoleão Bonaparte

Partimos para o Château de Malmaison e, em particular, para o Château de Bois-Préau, que reabriu recentemente as suas portas após 30 anos de encerramento, para descobrir uma exposição original e inédita intitulada "Córsega 1769: O nascimento de Napoleão Bonaparte". Esta exposição é uma síntese de três exposições anteriores realizadas na Maison Bonaparte em 2018, 2020 e 2022, destacando conhecimentos recentemente adquiridos sobre a Córsega do século XVIII.

Junte-se a nós de 29 de março a 3 de julho de 2023 para mergulhar na história de Napoleão Bonaparte, a partir do seu local de nascimento em Ajaccio. O trabalho foi realizado sob a direção de Jean-Marc Olivesi, conservador geral do património responsável pelas colecções da Maison Bonaparte, em colaboração com uma rede de historiadores e académicos.

Esta exposição é uma oportunidade para descobrir as casas napoleónicas e favorecer os intercâmbios entre elas, tendo em vista o futuro do Service à compétence nationale des musées nationaux des châteaux de Malmaison et de Bois-Préau, do qual a Maison Bonaparte faz parte.

Esta nova exposição mostra como a família Bonaparte se integrou política, social e culturalmente na Córsega no século XVIII. A exposição destaca os movimentos políticos na Córsega, tais como as rebeliões contra a autoridade de Génova, que conduziram a um tratado assinado em Versalhes entre a França e Génova em 15 de maio de 1768. O tratado transferia a autoridade para a França durante dez anos, que Génova tinha a possibilidade de recuperar após o reembolso das despesas associadas. Em 1737, a República de Génova tinha procurado apoio militar externo para restabelecer a ordem na ilha rebelde. No entanto, a sua procura de ajuda militar terminou em 1768, quando a França prestou assistência.

A exposição explora o significado cultural da Córsega no século XVIII, influenciado pela cultura italiana e francesa, e a coexistência da sociedade rural corsa com as elites atraídas pelos ideais do Iluminismo. A exposição apresenta os aposentos, o mobiliário e o vestuário da família Bonaparte, bem como de outras famílias nobres, pondo em evidência as artes decorativas da Córsega do século XVIII.

A exposição procura responder a questões sobre o lugar da família Bonaparte na sociedade corsa, desde as suas raízes na Córsega nos séculos XV e XVI até Carlos Bonaparte, pai de Napoleão. A exposição explora a forma como os Bonapartes negociaram a sua posição na sociedade corsa, nomeadamente com a ajuda do Conde Marbeuf, governador da ilha e preocupado com o futuro da família Bonaparte, em especial com a educação dos seus filhos.

Esta exposição foi criada em colaboração com o Service national de compétence, a Maison Bonaparte e diversas instituições da Córsega, como o Département du patrimoine corse, o Musée corse, o Musée Pascal Paoli e outros coleccionadores privados. Além disso, revela obras emblemáticas da Maison Bonaparte e de vários outros museus, como o Palácio dos Governadores Genoveses, o Palácio Caraffa e a Biblioteca Patrimonial Tomaso Prelà.

Por último, a exposição inclui importantes empréstimos do Arquivo Diplomático e do Museu Nacional de Versalhes e de Trianon, como o Tratado de Versalhes e um retrato de Étienne-François de Choiseul, da autoria de Van Loo, que ilustram a ligação da Córsega com a França.

A exposição

A exposição"1769, a Córsega no nascimento de Napoleão Bonaparte" está dividida em várias salas. A primeira sala aborda a situação política da Córsega no século XVIII e os conflitos com Génova que conduziram à assinatura do Tratado de Versalhes. A segunda sala apresenta a sociedade corsa da época através de aguarelas de ofícios, mapas de vilas e cidades e o mapa do terrier. A terceira sala é dedicada à Maison Bonaparte, local de nascimento de Napoleão Bonaparte, que é comparada com outras casas patrícias. A quarta sala está situada no grande salão branco do Château de Bois-Préau, onde se pode admirar o mobiliário da burguesia e da nobreza corsa, comparado com o da Maison Bonaparte. Por fim, a última sala permite descobrir a juventude de Napoleão Bonaparte, os seus primeiros feitos de armas e o seu destino excecional.

Aqui, podemos descobrir algumas obras excepcionais, como o Ato Batismal de Napoleão Bonaparte, o Espelho de Fortunato Castiglione, o jogo de bocha da infância de Napoleão, a pintura do Cerco de Toulon e o busto do General Bonaparte.

Em suma, é uma óptima maneira de descobrir o coração da história francesa!